quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Cor e Cultura

 
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Entre os muitos hábitos dos nossos costumes a cor faz parte como um sígno da comunicação. Deveria fazer parte das nossas experiências mais profundas como proposto por Hélio Oiticica ou habitar nossa rebeldia inovadora segundo o manifesto futurista de Giácomo Balla. Apesar do automatismo do uso sem questionarmos a respeito e onde apenas incorporamos instintivamente algumas cores, marcamos padrões inclusive de gêneros. Ao homem o azul e a mulher o rosa. Mas quando começou este costume? Segundo onde pesquisei (incluindo as pinturas Vitorianas), muito antes eram inversos estes papéis. O tom rosa era a cor da saúde, do forte e o azul da contemplação mística, ligada à figura da Virgem Maria. Na segunda grande guerra mundial a cor rosa foi adotada para identificar os homossexuais presos nos campos de concentração. Eles usavam um triângulo rosa invertido, uma forma de dominação e coerção, que pode ser visto no filme Bent. Nesta mesma época, as feministas adotaram a tonalidade como emblema de equiparação de direitos, daí os costumes inverteram, chegando a nossa sociedade como cores específicas de gêneros. Há uma lógica nesta explicação, pois é sabido que Oscar Wilde escandalizava a sociedade da época usando terno azul claro. E hoje alguns homens se livram dos preconceitos, de bem consigo mesmo, usando a cor rosa como tom que beneficia a própria imagem.

Uma Crônica de Costumes

 

Em 2001 fiz uma exposição individual que se chamou Uma Crônica de Costumes. Nos trabalhos propostos, uma discussão sobre a cultura e a linguagem dos costumes que vão se incorporando às nossas vidas. As cerimônias, a religiosidade, os cultos, os amores e as dores de nossas biografias. Neste trabalho serigrafia sobre tecido almofadado, flores e fundo em adamascado.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O Elo

 
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Entre Christian Dior e Thierry Mugler passaram se 40 anos em média. É possível reconhecer uma afinidade plástica entre os dois designers, até porque, salvo os japoneses, os europeus se inspiraram nos anos 40 para a construção da silhueta dos anos 80. Ambos transportaram a mulher para uma espécie de beleza intocada, admirável e sedutora aparência, mas totalmente dominadas pela estética. Em Dior, que pós-guerra, propôs a fartar se nos gastos, estabeleceu-se um novo modo (dos velhos tempos) de colocar a mulher com a silhueta fina, cintura apertada, o colo a mostra e com gestos e poses teatrais. O corpo feminino tinha uma moralidade desenhada. E Dior se reinventava ano após ano, mantendo o seu negócio à custa de um bom marketing, apoiado pelo sistema de produção e fabricação de vestuário. Em Mugler nos anos 80, volta à cena esta mulher sexy, de tale desenhado, misteriosa, poderosa, inatingível, performática, caçadora. O que os dois tinham em comum é um senso de dominação; não da mulher natural certamente, mas do criador que se impõe. Em ambos vemos a transformação da mulher em objeto sensual. Um pelo excesso do refinamento, da mulher boneca, família, modelo; em outro a mulher fetiche, metafísica. Em seu discurso no filme prêt-à-porter de Robert Altman, o próprio Mugler resume as explicações dizendo que o que interessa é a aparência final. Estes dois olhares idealistas do feminino são admiráveis porque resistem. Porque resistem? A escultura desenhada é intocada, mas o encantamento mítico ainda povoa os sonhos dos homens, para quem a mulher se veste.

Espiral

 

A Rede Minas criou um programa chamado Espiral onde mensalmente abordam em forma de documentário algum tema voltado às artes. Neste mes de dezembro a moda foi o foco. Entrevistas com Alcino Leite, Biti Averbach, Ronaldo Fraga, Jun Nakao, Clô Orozco são alguns dos nomes participantes entrevistados. Uma colagem de imagens permeia todo o quadro, além de música e comportamento de rua. Colocaram algumas de minhas ilustrações também. Entre outras esta com enorme cabelo espiralado.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O Elo Perdido

 
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Há algum tempo atrás a Maria Prata publicou no blog dela a foto de um vestido de André Lima e um outro de Karl Lagerfeld comparando-os e fazendo uma alusão de que ambos buscaram referências em Thierry Mugler. No final do post ela pede a quem pudesse ajudar que encontrasse um vestido de Mugler, com a forma em estrela, marca do estilista, e ninguém encontrou. Eu também revirei as coisas que tenho e que são muitas, inclusive da década de oitenta. Nada apareceu e fiquei intrigado porque algo me incomodava naquela análise e revendo o trabalho de Mugler aludi que ele trabalhava um outro tipo de formalismo em suas criações. O corpo da mulher tinha para ele uma conformação de que a roupa viria para traduzir a custo independente do conforto, realçando certamente curvas, colos, pernas, ascensão e poder. Os focos são direcionados, a comunicação criativa é personalizada. Em Mugler verifica se elementos sexualizados mais agudos e uma leitura emblemática de uma mulher forte oitentista num futurismo fantástico, fetichismo inspirados talvez em John Willie. Uma mulher dona da própria sexualidade, proprietária de um vestuário bem cortado e bem montado. Por isso ninguém achava nada parecido com o look de André Lima, porque por mais que ele quisesse fazer algo a la Mugler, sairia ao estilo dele mesmo e Lagerfeld realizou um trabalho mais fraco. Uma análise comparativa mais precisa deixa imune ambos os trabalhos. E porque a análise não foi solucionada? Porque em tempos de fast fashion a pressa iguala tudo e a cópia da cópia da cópia acaba deixando tudo igual. Mugler é antes disto e por isto é único.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pixel Print

 

Sobre um transfer digital apliquei uma segunda estampa feita em pixels, usando tinta puff...o efeito ficou parecido com um bordado.
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domingo, 7 de dezembro de 2008

Movimento Mangue Beat

 

Outro Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que uniu música e moda, foi tema de Pollyanna Pereira. Fã da cultura Pop, levantou os conceitos e manifesto do Movimento MangueBeat, unindo o pensamento de Josué de Castro. O resultado é uma mini-coleção (manguessistema) com imagens comerciais e uma conceitual, mostrando a diversidade entre o mangue, a música e a moda com características da formação brasileira.
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Vernissage

 

No paredão da Casa de Chica da Silva em Diamantina, alguns dos expositores de "Fluências: Influências" que aconteceu em julho de 2008. Maria do Céu, Cláudia Renault, Fabrício Fernandino, Tânia Araújo, eu, Laura Vinci, Sérgio Nunes,Lincoln Volpini, o monitor e Ana Paula.
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Madonna

 
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Madonna chega ao Brasil para delírio dos fãs. Entre estes fãs, Samuel Queiroz, um aluno que está fazendo seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em moda e que decidiu estudar a carreira da artista. O título é "Madonna: 25 anos de carreira" onde cada álbum é estudado sob o ponto de vista da imagem, além das músicas. Um tratado sobre a Pop Art no nosso tempo e como produto final, cada álbum virou uma estampa que foi digitalizada e impresssa sobre sungas para a delícia de quem curte as praias coloridas do Brasil ou para quem se diverte em pool party ou deseja fazer uma surpresa de outra natureza!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O Catálogo

 

Acrílica sobre diferentes suportes, esta é a ponta de um trabalho que começo a fazer, e onde as fontes das imagens são os catálogos de moda. Desconstrução, reconstrução, volumes e texturas como um grande recorte final e organizado.
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